Olá Meninas!!!
Semana passada, no dia 14 de Novembro foi comemorado o dia Mundial do Diabetes... O Dia Mundial conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), que assinou, em 2006, uma Resolução que reconheceu o diabetes como uma doença crônica, debilitante e de alto custo, principalmente quando associada a complicações severas.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) apoia a campanha mundial e colabora divulgando as várias ações e atividades que acontecem pelo Brasil. A SBD juntamente com a população escolheram 2 temas para a campanha desse ano, e que por sinal achei muito relevante, que foram:
- O diabetes mata uma pessoa a cada 8 segundos.
- O diabetes não discrimina: pode ocorrer em jovens ou idosos; ricos ou pobres; homens ou mulheres e eu ainda incluiria em brancos, pardos e negros
E como alguns já sabem adoro trabalhar com os pacientes diabéticos, já coordenei um Centro de Diabetes por 6 anos, e não poderia deixar esse dia passar em branco aqui. Como estava viajando semana passada, resolvi falar um pouquinho hoje para vocês sobre essa doença que apesar de aterrorizante para muitos ... pode ser controlada... e os pacientes podem conviver muito bem com ela...
Gosto muito de trabalhar com esses pacientes pois são pessoas que precisam de muitas orientações... e apoio inclusive!
Amanhã estarei ministrando uma palestra sobre PÉ DIABÉTICO no Hospital em que trabalho...
E o que é isso?
Pé diabético é uma das complicações que pode acometer os pacientes diabéticos, em especial, aqueles com a glicemia [açúcar no sangue] mal controlada.
O pé diabético é um termo muito utilizado na prática médica diária e traduz sucintamente alterações que ocorrem nos pés decorrentes de complicações do diabetes mellitus: a neuropatia diabética [alterações nos nervos periféricos], problemas circulatórios [micro e macroangiopatia diabética] e a infecção.
O menor fluxo sangüíneo, a formação de feridas que se infeccionam e de difícil cicatrização (úlceras de perna) podem levar à gangrena. As complicações nos pés dos pacientes diabéticos são responsáveis por cerca de 25% das internações hospitalares destes pacientes.
O diagnóstico do pé diabético propriamente dito é feito principalmente pelos sintomas da neuropatia [diminuição da sensibilidade], calosidades, alterações nas unhas, pela diminuição da circulação [micro e macrocirculação] com a diminuição ou ausência dos pulsos arteriais distais [pulsos arteriais dos pés]; esfriamento do pé [palidez ou arroxeamento do(s) dedo(s) ou do pé].
Para detectar problemas circulatórios, a palpação dos pulsos periféricos, bem como exame do estado de atrofia da pele, de alterações do trofismo das unhas e de úlceras devem ser rigorosos. Exames de Doppler para verificar o grau de acometimento vascular são importantes nos pacientes com ausência de pulsos periféricos.
O paciente com pé diabético deve evitar carregar peso para evitar acidentes e traumas no pé e deve ser hospitalizado com repouso absoluto, quando necessário.
a) Tratamento da neuropatia:
O tratamento da neuropatia é sintomático. São receitados vitaminas do complexo B, antidepressivos, tricídicos e carbamezapina.
b) Tratamento das úlceras (feridas):
O tratamento das úlceras neurotróficas (úlceras que se formam como conseqüência da perda de sensibilidade dos nervos) é de extrema importância, já que é um fator determinante da redução da amputações de membros inferiores, enfatizando os aspectos preventivos e educacionais.
c) Tratamento da macroangiopatia diabética:
O tratamento para as conseqüências da macroangiopatia diabética, são os mesmos utilizados para a não diabética:
- Realizar exercícios programados de marcha.
- Evitar traumatismo químico, térmico ou físico nos pés.
- Usar vasodilatadores: Pentoxifilina (comprimidos) 3 vezes ao dia.
d) Tratamento cirúrgico quando necessário:
- Desbridamento (limpeza cirúrgica) de pequenas áreas de abcesso ou extensas, quando necessário, área de infecção que não melhore com o antibiótico.
- Revascularização do membro que somente pode ser avaliado, indicado e realizado após a utilização do Duplex-scan e/ou arteriografia.
- Drenagem e amputação aberta, se necessário.
- Fisioterapia e reabilitação (treinamento para o uso de próteses).
Mas o mais importante de tudo isso, é a PREVENÇÃO!!!
E para os profissionais de saúde vai a dica!!! Examine sempre os pés dos seus pacientes diabéticos.
As amputações podem ser evitadas em até 85% com medidas preventivas... tais como
- Examinar diariamente os pés
- Não andar descalço [nem em casa]
- Não retirar a cutícula [ ela é uma proteção da sua unha]
- Testar a temperatura da água antes de colocar os pés [devido a perda da sensibilidade]
- Hidratar sempre os pés [nunca entre os dedos, para evitar micose]
- Cortar as unhas retas [ para evitar unha encravada]
- Calçar meias de algodão e sem costuras
- Comprar calçados pela tarde [ os pés já estão inchados]
- Comprar calçados sem tirinhas, fivelas, com solado rígido
Espero que tenham gostado! E repassem essa informação que é de utilidade pública para os amigos, parentes, namorados [as]... sempre tem alguém que é ou conhece alguém que tem diabetes.
Bjus no coração
Vi Castro
Não se esqueçam de participar da enquete e do sorteio meninas... porque pedir para comentar, dandos sugestões, fazendo críticas... eu já desisti hahahaha
Fonte:
http://emedix.uol.com.br/doe/ang011_1g_pediabetico.php
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