20 dezembro 2011

Parto Normal X Parto Cesária

 Como trabalho com obstetrícia... e sou a favor do parto normal... já havia um tempo que gostaria de escrever sobre isso aqui no blog, minha amiga Taina também me pediu esse post ... mas assistindo esse mês o programa Ana Maria Braga, comentado sobre o número alarmante de cesárias no país... me motivou escrever mais ainda.

São nove meses de expectativa! Durante a gestação, a barriga cresce e a mãe se prepara para o nascimento da criança. Nas consultas de pré-natal, ela obtém informações sobre um parto seguro[pelo menos era isso que deveria acontecer]. É a oportunidade de confirmar que, embora a cesariana seja indicada em determinados casos, o método natural continua sendo a melhor forma de dar à luz. Mesmo assim, o País registra muito mais cesarianas do que os 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A taxa nacional é de 39% e em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste esse índice é superior a 40% - segundo dados de 2002 do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc). Conforme o MS nos hospitais públicos a incidencia é de 34% de cesárias, já nos privados chega a 80%.

Os benefícios do parto normal são inúmeros, tanto para a mãe como para seu bebê. Vão desde uma melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar até uma incidência menor de desconforto respiratório do bebê. 

A  cesariana também pode interferir no vínculo estabelecido entre a mãe e o filho durante o parto. Se, logo após o parto, o neném é acolhido e abraçado pela mãe, nesse momento se estabelece o vínculo maternal. Após a cirurgia, pegar o neném no colo é dolorido e, como o bebê geralmente é levado para observação, a instalação do vínculo pode demorar ainda mais...

Na cesariana, também é mais freqüente a ocorrência de infecção e hemorragias, além da possibilidade de laceração acidental de algum órgão, como bexiga, uretra e artérias, ou até mesmo do bebê, durante o corte do útero [convivo com isso frequentemente, em especial as infecções de ferida operatória]. A gestante pode, ainda, ter problemas de cicatrização capazes de afetar a próxima gravidez. 

A incidência de morte materna associada à cesariana é 3,5 vezes maior do que no método natural. Os riscos são inerentes à própria cirurgia, a começar pela anestesia, em que a possibilidade de uma reação é imprevisível.

Porém sabemos que existe indicações para a cesárias  que são elas:[Trata-se de um procedimento importante para salvar a vida da mãe e do bebê quando uma delas - ou as duas - está em risco.]
  •   Desproporção céfalo-pélvica (quando a cabeça do bebê é maior do que a passagem da mãe); [o que mais se vê é esse diagnóstico usado sem muitos critérios para indicar uma cesariana]
  • Hemorragias no final da gestação;
  • Ocorrência de doenças hipertensivas na mãe específicas da gravidez; 
  • Bebê transverso (atravessado);
  • Sofrimento fetal. 
  • Portadoras do virus HIV
  • Diabetes gestacional,
  • Ruptura prematura da bolsa dágua e 
  • Bebê com trabalho de parto prolongado 
Sendo as 3 últimas indicações consideradas relativas para a cesariana.

Prematuridade - A prematuridade iatrogênica - quando se agenda uma cesariana por supor que o bebê está maduro, mas ele nasce prematuro - é uma das grandes preocupações do Ministério da Saúde. O que assusta é o alto índice de casos nos hospitais privados, em que as cesáreas são agendadas por conveniência. Para evitar a prematuridade iatrogênica, sugere-se que mesmo que seja programada uma cesárea desnecessária, a mãe espere entrar em trabalho de parto, pois esse seria um sinal de que o bebê está pronto para nascer.
Ministério combate mito de uma vez cesárea, sempre cesárea
No Brasil, existe o mito de que após a realização de uma cesárea as mulheres não podem ter um parto normal. Isso ocorre pela falta de informação, tanto das gestantes quanto de profissionais de saúde que não são treinados para acompanhar um parto normal em mulheres que já tenham passado por essa cirurgia.

Já existem estudos comprovando a possibilidade de ter filhos pela via vaginal nesses casos. O que não se recomenda é induzir o parto. Ou seja, usar alguma substância, geralmente a ocitocina, para acelerar o trabalho de parto, aumentando a força das contrações e diminuindo os intervalos entre elas.

Finalmente, é importante deixar que a natureza comande o processo de parir e de nascer, respeitando a forma natural. O corpo da mulher tem um conhecimento intuitivo de como ter filhos, e a forma natural de parir pode ser muito gratificante para a mãe e seu bebê.

Uma coisa eu posso dizer ... que doí ... doí ... mas só de saber que estaremos com nossas obras primas logo logo já nos acalma. Queria tanto e esperei tanto para ser mãe... que queria passar por tudo de forma natural, mas também eu tinha os conhecimentos prévios dos benefícios e o medo de cirurgias falava alto hehe...

Com duas horas de parida, eu já estava linda e loira [hehehe], de cabelo lavado e toda maquiada esperando as visitas que nem acreditavam que havia parido... [mas acho que sou parideira mesmo viu, é que nem quiabo, igual minha mãe]...

Espero ter convencido as mais medrosas a optarem pelo parto normal... ou se não consegui convencê-las ...que pelo menos espere o trabalho de parto.
Bjus
Vi Castro


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